Depois do vinho e do espumante, será que 2022 será o ano do suco de uva? As três bebidas têm a uva como matéria-prima e, no que depender da safra gaúcha, este promete ser um ano de qualidade, ainda que o volume venha a ficar menor, um reflexo da estiagem. No ano passado, conforme dados da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), os espumantes brasileiros voltaram com força à mesa dos consumidores: foram 40, 4 milhões de garradas vendidas (30,33 milhões de litros, elaborados no Rio Grande do Sul), aumento de de 38,5% sobre 2020, quando foram os vinhos que ganharam a preferência do mercado interno.
O movimento, avalia a entidade, tem relação com a pandemia. Durante o distanciamento social, no momento da chegada do coronavírus, a atenção do consumidor passou a se voltar aos vinhos. Foi a escolha para o momento em ele que teve de ficar mais em casa, e fez com que os rótulos tivessem uma expansão de 56,56%. % em 2020. Por outro lado, as borbulhas tão comumente associadas às comemorações, ficaram na reserva, à medida que os eventos eram um espaço importante de vendas. O panorama ficou diferente em 2021, explica Deunir Argenta, presidente da Uvibra:
– Mesmo com protocolos a serem seguidos, porém com regras menos rígidas, o hábito de brindar voltou a fazer parte da rotina das pessoas, ainda mais depois de tanto tempo isoladas. A abertura dos hotéis e restaurantes também favoreceu esta alta.
A comercialização de vinhos nacionais também se manteve em alta no ano passado: 11,43%, com 36 milhões de garrafas. O suco de uva, que segue sendo o maior volume negociado, teve um crescimento mais tímido: 3,93%, com 173,26 milhões de litros comercializados.