Não é só dentro de casa que a produção brasileira de vinhos, espumantes e suco de uva tem conquistado o paladar dos consumidores. Balanço do acumulado até novembro mostra que 2021 deve encerrar com o melhor resultadas para as exportações do setor desde 2014. Somadas as três categorias, foram mais de 11 milhões de litros vendidos para o mercado global.
A maior “dose” fica com os vinhos finos, com 7,7 milhões de litros embarcados para 53 destinos diferentes. Esse volume é quase o dobro do negociado em 2020.
Em crescimento percentual, o melhor resultado fica com o suco de uva. Os 2,77 milhões de litros destinados ao mercado externo nos 11 meses representam uma alta de 169,73% ante o último ano. Já os espumantes, somam avanço de 32,49% em igual comparação, com 869,06 mil litros.
– Avançamos na conquista de premiações internacionais e também em parcerias de promoção do vinho brasileiro no Exterior que, somados aos investimentos da própria indústria brasileira, têm assegurado essa retomada do mercado externo – pondera Deunir Argenta, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).
Os reconhecimentos obtidos neste ano, como publicou recentemente a coluna, com uma safra de 414 premiações, são um excelente cartão de visitas do produto brasileiro. Hoje, a vitivinocultura está presente em 26 regiões em 10 Estados brasileiros, com uma pluralidade de terroirs singular.
De olho no potencial a ser conquistado também nas vendas externas, o setor firmou neste mês um acordo com a Apex-Brasil para a promoção dos vinhos brasileiros no Exterior dentro do projeto Wines of Brazil. A ação centra força forças em dois grupos de mercados. O primeiro tem países como China, Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e Alemanha. O segundo, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Japão.