As borbulhas dos espumantes, carro-chefe nas vendas da cooperativa vinícola Garibaldi, têm dado um gás nas projeções de faturamento para este ano. A aposta é de alta de 15% sobre o resultado do ano passado, somando R$ 220 milhões. Cálculo que tem como indicador o primeiro semestre de 2021, quando a comercialização registrou crescimento de 30% sobre igual período de 2020. Reflexo de um cenário de pandemia mais controlado, com o enoturismo recobrando espaço.
– A gente percebe a retomada de eventos. É tímida, paulatina, mas vai ocorrendo. Também há a reabertura de bares e restaurantes – pontua Alexandre Angonezi, diretor-executivo da Garibaldi.
A cooperativa, com sede em Garibaldi, na Serra, atribui a sua especialização na produção de espumante a razão para ter conseguido fechar 2020 com crescimento. O advento da pandemia impactou o consumo da bebida, sobretudo no primeiro semestre do ano passado. O resultado final, no entanto, foi todo de crescimento: 20% em vinhos, 145% nos frisantes, 9% nos espumantes e 12% em receita – somando um total de 18,5 milhões de litros vendidos.
Com o período de festas ainda pela frente, a perspectiva de ampliar em 30% a receita dos espumantes em 2021 é reforçada. Ainda que a sazonalidade já tenha sido mais forte, os três últimos meses do ano têm fatia importante, de 35% do faturamento desse segmento.
Se a receita é crescente, os custos, também. Entram na lista insumos como vidro, papel, papelão, energia e gás. Para garantir o abastecimento das garrafas, a Garibaldi tem buscado o produto na vizinha Argentina.
Para a safra 2022, as perspectivas são promissoras. O inverno foi característico, com horas de frio, e a brotação, uniforme e vigorosa. O florescimento e a frutificação têm sido bons e a possibilidade de tempo mais seco na fase final adoçam o cenário para a colheita.