Há duas safras a região de Altos Montes, na Serra, conta com um diferencial para ostentar aos consumidores na produção de vinhos. É a indicação de procedência, que atesta condições singulares do cultivo e processamento no local. Com a vindima do atual ciclo em andamento, as vinícolas projetam qualidade superior, mas volume inferior ao do ano passado. Reflexo das condições climáticas.
A projeção é de redução entre 25% e 40% sobre a média de produção na região, de 80 milhões de quilos de uva, segundo Giovani Fabian, coordenador da IP Altos Montes e Sócio da Vinhos Fabian:
– Tudo indica que esta safra será parecida com a de 2020, com uvas de muita qualidade, resultando nos vinhos de alto padrão dos Altos Montes .
Fabian explica que após estágios de dormência em um inverno rigoroso e brotação com uma boa fase de chuva, que contribuiu para a formação dos cachos e boa quantidade em cada videira, o processo final de maturação depende de um esperado período de baixa nas precipitações para a qualidade da colheita – o que aconteceu.
No cenário estadual, a perspectiva também é de perda em volume e ganho em qualidade. O presidente da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, estima que, neste ano, o volume da safra tenha redução de 30% a 40% em comparação a passada (ainda sem dados oficiais fechados).
– Mas claro que precisamos de chuva, porque cada dia que passa a situação nos parreirais piora –acrescenta Schiavenin, lembrando que exemplares mais precoces como a bordô já estão em plena colheita.
*Colaborou Carolina Pastl