A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Com novas ações previstas no Estado, o Movimento SOS Agro RS reforça nas ruas o pedido de atenção aos produtores gaúchos afetados pelo clima. Nos gabinetes do Congresso, em Brasília, é a voz de parlamentares do Rio Grande do Sul que deve adicionar pressão política para que medidas solicitadas no início da catástrofe sejam atendidas.
Nesta sexta-feira (16), novos atos estão programados pelo Interior. A concentração de parte dos produtores começou nesta quinta (15). De acordo com Graziele de Camargo, uma das coordenadoras do SOS Agro RS, há demandas reivindicadas desde o início da enchente. Como a prorrogação das dívidas por 15 anos, com dois anos de carência e 3% de juro ao ano, anistia para produtores que perderam tudo, ajuda de custo de um salário mínimo por seis meses e uma linha de crédito de reconstrução.
Um novo documento com essa pauta foi, inclusive, assinado nesta quinta, em reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do RS com representantes do movimento.
— Foi, na verdade, para reforçar o pedido de socorro quanto a uma solução concreta pelo governo federal para que os produtores rurias possam continuar (na atividade) — reforça Graziele.
As manifestações
Chamadas Luto pelo Agro, as manifestações ocorrerão nesta sexta-feira (16) em diversos municípios gaúchos. A maioria será em lojas, que fecharão o seu comércio por uma hora e, nesse período, colocarão faixas de luto. Em cidades menores, haverá passeatas e circulação de tratores.
O objetivo do ato, explica Graziele, é mostrar a importância do setor à economia gaúcha:
— Nós entendemos que, se o agro parar, vai ter um efeito cascata e toda a cidade vai parar junto. A gente está alertando para uma tragédia economicamente maior.
A organização é do SOS Agro RS com a Federasul, Fecomércio, Fiergs e Simers.
A pressão política
Em Brasília, os deputados Luciano Silveira, presidente da Comissão da Agricultura da Assembleia Legislativa, e Elton Weber tentarão viabilizar até terça-feira (20) um encontro com o Senado e a Câmara dos Deputados para reforçar o pedido de emendas no decreto publicado nesta semana. A pressão começou nesta quinta, com a assinatura do documento.