Com um foco confirmado por análise laboratorial em um aviário comercial de Anta Gorda, no Vale do Taquari, o Brasil adota os protocolos previstos para impedir o avanço da doença. E em nome da transparência com os mercados globais, determinou a autossuspensão das certificações para as exportações, por um período que deve durar pelo menos 21 dias. A medida tem caráter preventivo e abrangência proporcional, conforme os acordos com os países.
Em Porto Alegre para acompanhar de perto o trabalho das equipes do serviço oficial, o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Marcelo Mota, explicou que os países para onde é exportada a carne de frango estão sendo notificados, um a um, de forma transparente, sobre a confirmação do foco e sobre as ações já em curso para evitar o avanço do vírus.
— Há um plano de contingência para tentar minimizar o impacto econômico, social e de saúde animal — disse Mota.
As ações incluem visitas em todas as propriedades rurais em um raio de três quilômetros de onde foi confirmado o foco. E visitas a propriedades com aves em um raio de 10 quilômetros.
No local em que o foco foi verificado, eram criadas em torno de 15 mil aves — metade acabou morrendo. A coleta para exame foi feita em 9 de julho, e o resultado positivo confirmado na quarta-feira (17). Outras quatro amostras foram enviadas para análise nesta quinta-feira (18).
— É importante que se mantenham os cuidados, as condições de biossegurança nas granjas — reforçou diretor do Ministério da Agricultura.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) emitiu uma nota falando sobre o assunto. Veja abaixo:
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) estão acompanhando e dando suporte à ação do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, em relação à uma amostra que testou positivo para o caso de Doença de Newcastle em granja do estado.
As autoridades federais e do estado agiram rapidamente na identificação do caso com interdição da granja, garantindo que não houvesse saída de aves. Os protocolos oficiais estabelecidos para a mitigação da situação pontual foram acionados e o entorno segue monitorado.
A doença é de notificação obrigatória e o processo de informação à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) já foi realizado. Como de praxe, o Brasil manteve e manterá total transparência no tratamento à situação, garantindo rápida solução a esta que é questão sanitária das aves.