A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Ainda que saber escolher a carne e o carvão no supermercado ajude, a preparação de um bom churrasco começa mesmo no campo, com o trabalho de melhoramento genético do rebanho. Sabendo disso, a Associação Brasileira de Angus fechou uma parceria inédita com o Sebrae/RS para disseminar a técnica no Estado.
Na prática, o que a iniciativa busca é ampliar o número de animais da raça angus e ultrablack no Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo). Para isso, será subsidiado parte do valor da avaliação genômica (DNA). O serviço, que custa R$ 112,50 por animal ao criador, sairá por cerca de R$ 60. Na quantia, está inclusa a análise a partir de uma amostra do animal (como, por exemplo, o pelo).
Só com a parceria, a estimativa é genotipar 2.350 reprodutores — quase o total avaliado no ano passado, quando 2.864 reprodutores passaram pelo Promebo. Até agora, já são 9.685 reprodutores no programa.
Gerente de fomento da Angus, Mateus Pivato entende que conhecer a genética do animal garante maiores ganhos econômicos na propriedade:
— Informações genéticas são as características que o animal vai passar para os seus filhos. No momento que o produtor quiser comprar um touro, vai poder buscar um exemplar de acordo com o seu objetivo, seja ele ter uma produção com maior acabamento em carcaça ou uma carne com mais marmoreio.
Quem pode participar
- Produtores cujas movimentações se enquadrem como micro ou pequena empresa, que sejam do Rio Grande do Sul e associados à Angus
- Animais com registro genealógico (o equivalente a um CPF que remete a toda a árvore genealógica) e das raças angus e ultrablack