A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Preocupação que permeia o mercado de trabalho dentro e fora do campo, a igualdade de gênero já é realidade na ISLA Sementes. Na empresa, com sede em Porto Alegre e que produz o insumo para hortaliças, flores, temperos, ervas e árvores, metade da equipe, que soma 180 funcionários, são mulheres, assim como da diretoria, que reúne quatro dirigentes. Situação que ainda é distinta do cenário nacional, onde elas ocupam, por exemplo, 34% dos cargos gerenciais no agronegócio, de acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas de 2018.
Na avaliação da presidente da empresa, Diana Werner, essa diversidade colabora, inclusive, com o próprio desenvolvimento do negócio:
— Com uma equipe tão diversa, conseguimos fomentar mudanças numa velocidade incrível. A gente tem flexibilidade.
Uma delas é o aprimoramento de produtos de acordo com os novos interesses do consumidor. Recentemente, a ISLA lançou, por exemplo, um kit de cultivo de microverdes onde a própria caixa é reutilizável no processo. Para atender um público preocupado com a sustentabilidade.
E, no caso da ISLA, a igualdade está na “semente” da sua fundação. Há quase 68 anos, os avós de Diana, Dulce e Plínio, criaram a empresa e, desde o início, dividiram as funções. Enquanto Dulce atuou na área de pesquisa e de pessoal, Plínio administrou a parte comercial.