A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Ampliar os mercados da noz pecan no Brasil e no mundo passa pela qualidade do produto. Focado na expansão de fronteiras, o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) está apostando na profissionalização dos produtores locais para que a cultura alcance os padrões internacionais de comercialização da fruta. Para isso, um curso de dois dias dedicado à capacitação do setor será realizado no fim da semana, em Porto Alegre.
A atividade está marcada para os dias 28 e 29 de abril, das 8h30 às 16 horas, na sede da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). O encontro será ministrado pelo engenheiro agrônomo argentino Mariano Marcó. O instrutor, que participou também da primeira edição, no ano passado, atua como consultor técnico da produção e na certificação de nozes para exportação.
O curso terá como foco o controle de qualidade tanto da noz com casca quanto da descascada. Conforme o IBPecan, o aumento das exportações das amêndoas já descascadas para consumo foi significativo em 2022. Este ano, outras indústrias estão entrando nesse mercado, reforçando a necessidade de haver um controle bem assimilado pelos técnicos que supervisionam o processo.
Maior produtor nacional da fruta, o Rio Grande do Sul vê a pecanicultura crescer a cada ano e mira também na exportação para escoar os resultados das colheitas fartas. A previsão da safra de 2023 é de 7 mil toneladas da fruta, 55% a mais que em 2022.
Para o presidente do IBPecan, Eduardo Basso, é fundamental para o futuro da pecan que o Brasil atinja um padrão de qualidade internacional. O mercado nacional responde atualmente por dois terços da produção. O terço que sobra, para ser colocado no tabuleiro mundial, precisa responder às exigências desse mercado. A busca pelo tipo exportação, no entanto, vai além do comércio internacional e beneficia toda a produção, avalia Basso:
— A qualidade do produto que está saindo é muito melhor para ambos os mercados. A melhora da qualidade é para todos, incluindo o nosso consumidor.
A atividade vai contemplar desde os cuidados necessários durante a colheita até o sistema de secagem, de limpeza dos produtos, da seleção por tamanho e cor das amêndoas e a importância dos cuidados na armazenagem, especialmente com a refrigeração.
As inscrições custam R$ 220 para associados do IBPecan, R$ 330 para associados técnicos do IBPecan, R$ 330 para produtores não associados, e R$ 600 para técnicos não associados. Para participar, é preciso se inscrever acessando o link https://forms.gle/XrftAHpJgii45GSZA.