É com a ajuda de “mãos mecânicas” que é feita a colheita da noz pecan no Rio Grande do Sul, a partir de maio. São equipamentos que “abraçam” o pomar e dão, literalmente, uma sacudida, fazendo as sementes caírem. Pode ser sobre lonas espalhadas pelo chão, para serem posteriormente coletadas, ou em compartimento próprio (vídeo acima).
O desenvolvimento da indústria metal-mecânica, a partir da criação de máquinas para atender às necessidades da cultura, vem na esteira da atividade.
Com cerca de 6 mil hectares plantados, o Estado representa a maior área no país. Mas como há um tempo de amadurecimento, a produção ainda não é comercial em todo esse espaço. Ou seja, é um investimento de longo prazo.
Presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Demian Segatto da Costa, também produtor, explica que, para produção comercial são necessários de oito a 10 anos:
– Depois do sexto, sétimo ano, o crescimento é expressivo.
No Estado, os municípios de Cachoeira do Sul e Anta Gorda estão entre os maiores produtores. A atual safra está estimada entre 4,5 mil toneladas e 5 mil toneladas, com colheita iniciando em maio e com ápice em junho. Além do RS, Santa Catarina e Paraná também produzem – o Sul soma quase 10 mil hectares. Originária da Carolina do Sul, nos EUA, a noz pecan encontra nesse locais o ambiente ideal, já que necessita de 300 horas de frio.
Um dos principais desafios da cultura e torná-la conhecida:
– O consumidor ainda trata as nozes pelo gênero. A pecan é um tipo. Depois que se conhece, ela se vende sozinha – diz Costa.