Com os efeitos da estiagem ainda presentes no Rio Grande do Sul, começam a ser assinados, na próxima semana, os contratos para a liberação de auxílio emergencial para assentados da reforma agrária. O valor a ser disponibilizado por família, de R$ 5,2 mil, está entre as ações anunciadas pelo governo federal. A medida foi sinalizada em fevereiro, quando houve a visita de ministros ao Estado para verificar os prejuízos causados pela falta de chuva.
A previsão é de que cerca de 8 mil famílias sejam contempladas pelo benefício — destinado a agricultores assentados em áreas federais e estaduais de municípios em situação de emergência.
A primeira leva da coleta das assinaturas terá início no dia 3 de maio no assentamento Meia Água, em Hulha Negra, um dos pontos visitados pela comitiva federal. Esse trabalho, feito por servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria de Desenvolvimento Rural, deve seguir até junho.
Superintendente substituto do Incra no RS, Vitor Py Machado explica que esse é o momento principal do processo. Depois de assinados, os contratos são inseridos no sistema do órgão para posterior encaminhamento do pagamento. A estimativa é de que o valor possa ser creditado de 10 a 15 dias após a autorização do repasse. A fase de liberações também será divulgada.
— Só para essa ação (do auxílio para assentados) são R$ 50 milhões — reforça Machado, lembrando que as medidas anunciadas totalizam R$ 430 milhões.