No quesito numérico, o agro cresceu em representatividade tanto no governo federal, quanto no estadual. Em Brasília, três pastas estão diretamente ligadas ao setor: a da Agricultura, a do Desenvolvimento Agrário e a da Pesca, as duas últimas retomadas nessa terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. No RS, depois de unificação, volta a ter duas secretarias: a da Agricultura e a do Desenvolvimento Rural.
Lá e cá, esses resgates eram defendidos com o argumento de que há necessidades políticas e recursos específicos para os públicos da agricultura familiar e da pesca. Entendimento que não chega a ser um consenso no setor. Há quem entenda o agro como uma coisa só, sem a necessidade de secretarias ou ministérios diferentes.
Conceitos à parte, o importante é que as estruturas recriadas cumpram, de fato, o seu papel. É preciso ter recursos e técnicos para que as ações possam ser executadas. Orçamento para a execução de políticas públicas, crédito, juro mais acessível, entre outras são ações consideradas essenciais à agricultura familiar. Sem essas ferramentas, as recriações dos órgãos em questão correm o risco de só "fazer número".