Nem soja, nem milho. O que as projeções do agronegócio têm apontado até agora é que 2023 será o ano do trigo. A aposta na cultura reflete um cenário que combina ingredientes como preço e maior área plantada. E que se conecta com o mercado global, em razão da manutenção da guerra Rússia-Ucrânia, dois grandes produtores.
— O crescimento de área está acontecendo bem mais na safra de inverno do que na de verão — destacou Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul.
Dos 457,11 mil hectares que deverão ser acrescentados à safra 2022/2023, conforme estimativa a partir de dados do IBGE, 274,21 mil hectares são com o cereal de inverno — alta de 18,3% sobre o atual ciclo, que confirma recorde de produção.
— A commodity que deverá ter preços maiores no próximo ano é o trigo, principalmente por União Europeia, Ucrânia e Rússia terem problemas de ampliação da produção e ainda gastos mais elevados — ponderou Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA.