Presença constante à mesa das festas de final de ano, a noz pecan também tem sido ingrediente de desenvolvimento do setor produtivo do Estado. Com o apetite do mercado externo em alta, a Divinut, de Cachoeira do Sul, está semeando investimentos para 2023. Com aporte de R$ 4 milhões, ampliará a área industrial, aumentando em seis vezes a capacidade, de cinco para 30 toneladas por dia. Até março, serão compradas seletoras eletrônicas, descascadores, guichês de preços, e criado um terminal para expedir contêineres.
A estimativa é de que 70% da produção em 2023 seja destinada à exportação. Otimismo embasado nos bons resultados colhidos em 2022, quando a marca projeta 200 toneladas em embarques, alta de 2.400% frente às oito toneladas comercializadas no ano passado.
— A safra de 2021 foi recorde e acabou conjugada com uma grande retração de consumo interno, por causa da pandemia. Isso fez com que as indústrias buscassem vender para fora, para escoar a produção — detalha Edson Ortiz, diretor da Divinut.
Maior polo produtor da noz pecan no país, Cachoeira do Sul, teve crescimento de 660% nas exportações de janeiro a outubro, em comparação ao mesmo período de 2021. Foram 175 toneladas embarcadas, conforme o Ministério da Economia, somando US$1,6 milhão.
Ortiz aponta que 95% desse volume é processado pela Divinut. Ele acrescenta que os mercados que conheceram o produto gaúcho já sinalizaram interesse em garantir estoques para o ano que vem, que deve ser marcado por uma safra ainda maior no Estado. Além da Europa e do Oriente Médio, há negociações em andamento com países asiáticos e norte-americanos, incluindo os Estados Unidos.
*Colaborou Carolina Pastl