Sucesso dentro de casa, como opção de proteína mais acessível em tempos de inflação, o ovo produzido pelo Brasil também ganha mais espaço mundo afora, em especial nos países árabes. E, com os custos de produção em alta, o mercado externo se torna uma ferramenta estratégica para a indústria na tentativa de diluir esse impacto.
No primeiro bimestre deste ano, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil embarcou 4,41 mil toneladas de ovos, o que representa uma alta de quase 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse volume total, 3,53 mil toneladas foram destinadas aos Emirados Árabes Unidos. Terceiro maior exportador entre os Estados, o Rio Grande do Sul também registrou crescimento, de 11,3%, totalizando 259 toneladas.
Em receita, o salto foi ainda maior: 51,4%, somando US$ 6,25 milhões para o Brasil. Para o RS, o faturamento cresceu 33,8%, somando US$ 604 mil.
— O setor de ovos tem buscado o mercado internacional para ampliar receitas. E as investidas vêm gerando ótimos resultados em mercados exigentes, o que comprova o trabalho de excelência executado pelos produtores — avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
*Colaborou Carolina Pastl