A imagem acima é um registro de como está a barragem de Buriti, em Uruguaiana, em razão da falta de chuva. A foto foi feita pelo produtor Ignacio Tellechea, gestor da Cabanha Rincón del Sarandy. A condição do solo no local é tão extrema em razão da estiagem que o veículo atolou. Ele explica que o reservatório é usado para 1,5 mil hectares de arroz e deve ficar vazio sem chuva.
— Normalmente, o tempo começa a secar em novembro, e, entre Natal e Ano-Novo, no máximo início de janeiro, entra uma frente que consegue furar esse bloqueio de calor. Neste ano, toda semana tem previsão de chuva, mas acaba não chovendo ou muito pouco — explica.
Na propriedade, o foco é a pecuária de corte, com trabalho reconhecido na seleção genética de angus, brangus e ultrablack. Abaixo, leia trecho do relato de Ignacio sobre o cenário e as estratégias adotadas para manter a perspectiva de bons resultados, apesar do quadro da estiagem.
O impacto na pecuária é direto, nos mesmos moldes da agricultura. Nos sistemas intensivos, tende a ser maior. Nos extensivos, muitas vezes o problema é a água para o gado tomar. (...) Essa situação especial é muito desafiadora, mas uma oportunidade que a gente, como cabanheiro, enxerga de pôr à prova a seleção que temos feito. E acho que muito desses bons resultados, que, acredito, conseguiremos ter mesmo com o revés climático violento, será em função de selecionar um gado cada vez mais rústico, que responde muito nessas situações.