É para a América do Sul que as atenções estão voltadas, neste momento, na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos. É na região que será feita a próxima colheita e onde o clima tem sido motivo de preocupação, em razão das possíveis e prováveis perdas não só no Brasil, mas também em outros países produtores, como a Argentina.
Essa situação faz com que o mercado internacional precifique o risco trazido pela estiagem, que é o de encolhimento do volume desses importantes players globais. Nesta quarta-feira (2), a cotação do bushel (medida equivalente a 27,21 quilos) de soja fechou em US$ 15,49 nos contratos com vencimento para maio.
Além de alta de 1,1% sobre o dia anterior, esse valor também representa um acréscimo de US$ 1,05 por bushel em sete dias.
— Na Bolsa de Chicago, a soja já acumula valorização de 11,2% em sete sessões de ganhos consecutivos, impulsionada por revisões para baixo nas expectativas para a safra brasileira, agora estimada por várias consultorias em menos de 130 milhões de toneladas — observa Carlos Cogo, consultor em Agronegócios.
No Brasil — em reais —, há reportes de negócios sendo fechados com a saca ao redor dos R$ 200 em diversas regiões do Rio Grande do Sul, conforme Cogo. Em valor nominais, é um novo patamar de preço — o indicador Esalq/ BM&FBovespa - Paranguá fechou o dia a R$ 192,71 na quarta.