A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
As exportações do agronegócio gaúcho fecharam o segundo trimestre de 2021 com alta de 42% em valor na comparação com o mesmo período do ano passado, somando US$ 4,6 bilhões. Os dados são do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE).
Em termos absolutos, o incremento de US$ 1,4 bilhão nas vendas garantiu o segundo melhor trimestre desde o início da série histórica, em 1997, atrás apenas do terceiro trimestre de 2013, segundo o boletim.
O resultado foi alimentado por soja, carnes e produtos florestais. Na outra ponta, fumo e cereais mostraram resultados abaixo ante o ano passado.
Liderando a ponteira dos embarques, o complexo soja foi o segmento mais representativo das exportações. As vendas da soja em grão foram o principal destaque (mais US$ 788,7 milhões, +52%), seguido das altas nas vendas do farelo de soja (mais US$ 145,7 milhões; +65,8%) e do óleo de soja (mais US$ 71,8 milhões; +138,8%).
Já entre as carnes, frango (mais US$ 90,6 milhões; +42%) e suína (mais US$ 45,1 milhões; +26,7%) puxaram os resultados. A carne bovina, na contramão, teve queda de US$ 13,8 milhões (-17,3%).
A China manteve o posto de principal comprador gaúcho no trimestre, responsável por 58,7% dos valores e com uma alta 50,6%, somando US$ 903,1 milhões. União Europeia (8,5% do total), Coreia do Sul (3,6%), Estados Unidos (3,3%) e Irã (2,3%) completam o ranking dos cinco maiores compradores do Estado.
No acumulado do primeiro semestre de 2021, a alta nas exportações gaúchas foi de 30,5% em comparação ao valor do mesmo período em 2020, atingindo US$ 6,6 bilhões. Sem considerar a inflação, trata-se do maior valor desde 1997, com aumento de US$ 1,5 bilhão no comércio.