O apetite global que se mantém, em especial da China, faz com que as exportações brasileiras de carne suína sigam não só tendo bons resultados como batendo novos recordes. A receita gerada pelos embarques de junho foi a maior já registrada para um único mês: US$ 270 milhões. Em volume, as 108,8 mil toneladas despachadas representaram o segundo melhor resultado mensal.
– O retorno da atividade econômica em várias regiões do mundo tem impactado positivamente as exportações do setor. A menor oferta em países concorrentes, como é o caso dos EUA, tem levado o Brasil a aumentar sua participação no comércio global de carne suína e, dadas as previsões, deve ser a tônica ao longo deste ano – avalia o diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua.
Aliás, o faturamento histórico com um volume que não é o mais expressivo, mostra a valorização do produto por parte dos compradores internacionais. A China se mantém como o destino número 1, tendo adquirido 54% do total embarcado pelo Brasil em junho. A quantidade também é 29,2% maior do que a de igual mês de 2020.
Entre os Estados brasileiros, Santa Catarina se mantém no topo, como maior exportador. O Rio Grande do Sul vem na segunda posição. Os embarques gaúchos somaram 30,34 mil toneladas, alta de 19,89% ante junho do ano passado. Em receita, foram US$ 77,93 milhões, avanço de 39,91% em igual comparação.
Com oito plantas habilitadas a vender para a China – metade do total no país –, o Estado também se dedica ao processo para a ampliação do leque de produtos e abertura de novos mercados para a carne suína em razão do novo status de zona livre de aftosa sem vacinação.