Será uma safra de mandarina (mis conhecida como bergamota) de dar gosto a que a Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus) processará neste ano. As 2,2 mil toneladas previstas representam um volume 85% maior do que o do ano passado. Além da recomposição, já que em 2020 a estiagem encolheu em mais de 50% a produção dos associados, outro ingrediente é considerado importante para a boa colheita que está em andamento, avalia o presidente da entidade, Pedro Schneider:
– É consequência dos investimentos que vêm sendo feitos. Estamos aumentando a assistência técnica.
Engenheiro agrônomo da cooperativa, Daniel Büttenbender acrescenta:
– A safra deste ano foi praticamente normal. Os agricultores e agricultoras têm feito manejos positivos que ajudaram na recuperação, como boa adubação, poda adequada e cobertura de solo.
A agroindústria, com sede em Montenegro, no Vale do Caí, produz a partir da fruta óleos essenciais e suco – as principais variedades cultivadas são caí, pareci e montenegrina. A maior parte do volume processado, 80%, tem como destino o mercado europeu – França, Alemanha, Bélgica e Reino Unido são alguns deles.
O óleo essencial extraído da mandarina verde, resultante do raleio (retirada do excesso de frutas verdes, para melhor desenvolvimento das que ficam no pomar) é um dos principais itens negociados. Entra na composição de perfumes e produtos de limpeza, ajudando a fixar o aroma.
Com novos pomares sendo cultivados, a cooperativa vai na direção da meta de aumentar em 50% a produção em cinco anos.