Diz o ditado que quem planta, colhe. Mas o tamanho da colheita pegou de surpresa a aposentada Maria Ilse Arnhold, de Nova Petrópolis, na Serra. Ao ir até a horta que cultiva nos fundos da residência, na manhã de segunda-feira, encontrou entre as hortaliças um "super nabo". Com 2,98 quilos e 40 centímetros, sem contar as folhas, chamou a atenção — os outros tinham entre 25 e 30 centímetros. A surpresa foi registrada e enviada no grupo da família no WhatsApp.
Maria Ilse conta que plantou em maio as sementes — "comuns, de pacotinho", adquiridas no mercado tocado pelo filho, pela nora e por ela. Na horta, tem também morango, beterraba, alface, tomate, rabanete, entre outros. Tudo para o consumo da família. Sobre o crescimento do nabo, avalia que a adubação orgânica possa ajudar a explicar.
— Terra bem tratada e bem adubada. E gostar do que se faz — diz, lembrando já ter colhido tomate de cerca de um quilo.
Chefe do escritório da Emater em Nova Petrópolis, Luciano Ilha destaca ainda outros fatores que se somam à adubação: um solo profundo, que permita à raiz crescer sem limitações, e as especificidades da variedade cultivada. Este conjunto de características leva a uma situação que não acontece todos os dias, mas também não é excepcional, e que indica que as condições de fertilidade do solo "estão muito boas".
— Essas ocorrências não são incomuns em lavouras domésticas, especialmente pelo cuidado especial que às vezes o pessoal dedica com adubações orgânicas, uma irrigação constante — pontua.
Conforme informações disponibilizadas pela Isla, empresa de produção e comércio de sementes, o nabo híbrido minowase — variedade cultivada por Maria Ilse — costuma ter, em média, de 35 a 40 centímetros. O peso varia entre 500 e 600 gramas.
Com quase três quilos, o destino do vegetal colhido por Maria Ilse já está definido: deve virar salada da família.
*Colaborou Isadora Garcia