Toda escolha feita no campo tem seu preço. No caso da semente, a diferença entre a de maior e a de menor produtividade pode ser de mais de R$ 2 mil por hectare, como mostra o Ensaio de Cultivares de Trigo da safra 2020, divulgado nesta segunda-feira (01) . Parceria entre a Fundação Pró-Sementes e o Sistema Farsul, o levantamento procura subsidiar o produtor na busca pela semente que mais se adequa a sua região.
– Tudo começa na semente. Já faz o agricultor sair com um passo à frente – observou Gedeão Pereira, presidente da Farsul.
O trabalho a campo foi feito em sete municípios (veja quadro abaixo), divididos em duas regiões. Foram avaliadas 29 cultivares. Na região II, 29 sacas separam o maior e o menor rendimento. Ao valor médio de R$ 77 a saca, são R$ 2,23 mil por hectare.
– Essa diferença representa muito – pontuou a coordenadora de pesquisa da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl.
Presidente da comissão de trigo da Farsul, Hamiltou Jardim acrescentou que “o produtor não pode economizar na semente”:
– Se não houver genética, não adianta ter alta tecnologia.
A pesquisa em detalhes
- O Ensaio de Cultivares de Trigo da Fundação Pró-Sementes e do Sistema Farsul é feito em sete cidades, divididas em duas regiões, conforme características climáticas e geográficas.
- No grupo da região I estão Cruz Alta, Passo Fundo, São Gabriel e Vacaria. No da região II, Cachoeira do Sul, Santo Augusto e São Luiz Gonzaga.
- Na região I, a cultivar de maior rendimento resultou em 148 sacas por hectare em Vacaria.
- Na II, foram 135 sacas por hectare, em Cachoeira do Sul.
- O estudo completo está em fundacaoprosementes.com.br e em farsul.org.br.