Aprovada na Assembleia Legislativa, a política para incentivo ao setor de etanol coloca energia no objetivo de fazer o Estado ampliar a produção local. E, com isso, fazer andar 12 projetos em regiões distintas. A ideia é sair da reserva, abastecendo o tanque para que se possa chegar a um volume maior de produção local. Hoje, é inferior a 1% do 1,5 bilhão de litros consumidos por ano.
Agora, abre-se prazo de 15 dias para que seja sancionada a lei. E, depois, mais 90 dias para que seja feita a regulamentação. Os recursos para fomento do setor passam a ser incluídos no orçamento, destinando-se a empresas que investirem na produção à base de grãos, tubérculos e cana-de-açúcar. É a matéria-prima utilizada pela Coopercana, única com produção expressiva de etanol no RS.
— Tem uma importância muito grande para o investimento na região (a política). Nossa expectativa é de que se retome a produção em escala. Queremos triplicar o volume que temos hoje — afirma Vilson Theis, presidente da Coopercana, com sede no município de Roque Gonzales.
Apresentada pelo Executivo, a proposta para a criação da Política Estadual de Estímulo à Produção e Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Etanol foi construída de forma conjunta pelo setor. Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Produção e Autossuficiência de Etanol, Elton Weber contabiliza mais de 20 organizações e entidades envolvidas. Ele projeta que, em três anos, a produção local possa alcançar entre 20% e 30% do consumo:
— Havia intenção para investir, mas se aguardava o marco legal para dar segurança jurídica.
Extensionista rural da Emater e coordenador do Projeto Pró-Etanol/RS, Valdir Zonin acompanha as tentativas de incentivo à produção gaúcha desde 2013. Dos atuais projetos existentes, quatro, cita, estão em fase mais adiantada: Camaquã, Viadutos, Carazinho e Porto Xavier (em processo de ampliação).