O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Transformar batata-doce em etanol. Esta será a principal função de uma usina que começa a ganhar forma em Carazinho, na região norte do Rio Grande do Sul. Pioneira no Estado, a iniciativa envolve aproximadamente 400 agricultores familiares, que há dois anos já produzem a matéria-prima a ser beneficiada na estrutura. Em geral, os empreendimentos deste tipo em solo gaúcho costumam ter a cana-de-açúcar como base para produção do biocombustível.
À frente do projeto, o empresário Henrique Leonhardt relata que trouxe a ideia após uma visita a uma usina no Mato Grosso. Ao constatar que o Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de batata-doce do país, viu potencial para produção do biocombustível e decidiu investir no segmento. A instalação será construída em uma área de três hectares e deverá gerar 50 empregos diretos, quando estiver em funcionamento.
A usina deverá aproveitar integralmente as batatas-doces produzidas pelos agricultores familiares. O etanol será disponibilizado em postos de combustíveis, enquanto o farelo será vendido para a indústria de ração.
Na semana passada, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) emitiu a Licença Prévia e de Instalação Unificadas do empreendimento. Para começar a funcionar ainda será necessária a Licença de Operação, que o empresário pode solicitar pela internet.