Apesar das dificuldades logísticas na entrega, com registro de atrasos e acúmulos de contêineres refrigerados no auge da pandemia, a China ampliou o volume de proteína animal comprado no primeiro trimestre deste ano. Em carne suína, foram quase três vezes mais do que em igual período do ano passado, mostram dados (veja acima) da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Também houve alta nas aves, de quase 50%. Em receita o avanço é ainda maior, nas duas carnes: 274% na suína e 55% na de frango.
— A demanda dos chineses deve continuar alta. A queda na produção deles é grande, seguem com o problema da peste suína africana — diz Francisco Turra, presidente da entidade.
Além da necessidade, pesou a favor do Brasil a condição sanitária diferenciada. Outros fornecedores do país asiático tiveram problemas com o coronavírus – os EUA, por exemplo, precisaram fechar plantas de abates – e também casos de influenza aviária. Duas situações não ocorridas em território nacional.
— O Brasil teve cuidado até aqui de não ter nenhum problema nesse sentido — reforça o dirigente.
As vendas externas também deverão ajudar a compensar um pouco recuo projetado para o mercado interno, que segue como principal destino da produção de proteína animal.