A comemoração das novas habilitações concedidas pelos chineses não é excesso de entusiasmo. Com um problema sério dentro de casa, que atende pelo nome de peste suína africana, o país asiático vê seu rebanho diminuir. E, com isso, percebeu a necessidade de reforçar as fontes de proteína externas, caso do Brasil.
Números da Associação Brasileira de Proteína Animal confirmam o aumento das compras da China. No acumulado do ano, a alta é de 40% no volume de suínos e de 22% de frango em relação a igual período do ano passado (veja gráfico acima).
No caso da carne suína, um terço de tudo que foi embarcado pelo Brasil teve o país asiático como destino. E dessa quantidade enviada aos chineses, 75,5% saiu de Santa Catarina (que tinha até então sete plantas habilitadas) e 24,4% do Rio Grande do Sul (que tinha três unidades aptas à exportação). A tendência é de que, com a lista ampliada de frigoríficos capacitados para a venda, esse volume acabe ficando maior.
No Estado, ainda existem outras unidades buscando credenciamento. No caso dos suínos, os chineses não abrem mão de um requisito: que a produção seja livre de ractopamina. A substância promotora de crescimento não é aceita por alguns países. Além da China, a Rússia também faz essa exigência para os interessados em exportar ao seu mercado.
Atenção: acesse o site e o aplicativo GaúchaZH usando o seu e-mail cadastrado ou via Facebook. O nome de usuário não está mais disponível. Acesse gauchazh.com/acesso e saiba mais.