A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou nesta segunda-feira (4) a habilitação de sete frigoríficos de Santa Catarina para exportação à China. O diferencial nessa lista está no tipo de produto a ser vendido: miúdos externos. Até, então, essas partes não podiam ser embarcadas. Como os chineses remuneram bem por esses itens (pés, rabo, orelhas, focinho, máscara e língua), a liberação tem sido muito comemorada pela indústria.
— Pagam muito mais. É uma vitória que temos — afirma Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
As unidades (duas da Seara, duas da Aurora, duas da Pamplona e uma da BRF) já tinham autorização para vender suínos aos chineses. Agora, ampliam a possibilidade de negociar miúdos. E o fato de somente plantas de Santa Catarina receberem essa autorização tem relação com o status sanitário do Estado vizinho, de livre da febre aftosa sem vacinação.
— É uma luta antiga, o Brasil não exportava miúdos para a China. Mas o momento que eles estão vivendo (com surto de peste suína africana), e a relação boa estabelecida com os brasileiros deu a possibilidade de discutir isso melhor e aprovar — avalia José Roberto Goulart, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS (Sips).
O dirigente também diz que há expectativa de que novas plantas brasileiras sejam habilitadas ainda neste mês. Hoje, são 11 frigoríficos de suínos com autorização: sete em Santa Catarina, três no Rio Grande do Sul e um em Mato Grosso.
Uma lista com outras 22 unidades buscando a habilitação está sob avaliação. Nela estão mais seis plantas de suínos localizadas no RS.
Em seu Twitter, Tereza Cristina disse que a habilitação para exportar miúdos "é resultado das tratativas realizadas durante viagem do presidente Jair Bolsonaro ao país asiático no fim de outubro.
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