Criada com o objetivo de colocar a produção de leite do Rio Grande do Sul na vitrine, a Expoleite foi se transformando ao longo das suas 42 edições. Anos depois da primeira exposição, veio a Fenasul, com foco nos negócios do setor.
Agora, diante dos novos desafios que se impõem, os organizadores voltam a buscar novas fórmulas, tentando integrar ainda mais o consumidor final.
A diversificação, com provas do circuito do Freio de Ouro, do cavalo árabe, o rodeio e o formato gourmet do pub do queijo tentam atrair o público urbano. Com o bônus da entrada franca no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
E essa inclusão de quem está na ponta da cadeia faz todo o sentido, porque o consumo de produtos lácteos reflete diretamente na renda do produtor e na receita das indústrias.
No caso do Rio Grande do Sul, segundo maior produtor nacional, o desafio é ainda maior. Precisamos vender 60% da nossa produção para fora do Estado. A abertura de novos mercados impera hoje como a montanha a ser conquistada pelo segmento.
– Temos de agregar valor ao produto, ir além das fronteiras. O Rio Grande do Sul, como grande produtor de leite do país, não pode ser grande importador – alertou Marcos Tang, presidente da Associação dos Criadores do Gado Holandês (Gadolando), na cerimônia de lançamento das duas feiras, que começam na próxima quarta-feira, dia 15, e terminam no domingo, 19.
A importância de envolver o consumidor no evento que se propõe a ser uma troca de experiência entre produtores vem daí. É a chance dele ver de perto quem produz e, ao mesmo tempo, ter um pouco de diversão com as outras atividades realizadas no parque.
E se no mercado os desafios estão colocados, na execução das duas feiras, também. Há tempos que os organizadores vêm tentando driblar a escassez de recursos para bancar os custos de realização, que ficam em torno de R$ 150 mil – com os patrocínios sendo alternativa de viabilização financeira. A parceria entre entidades tem sido fundamental para manter os eventos em pé. Mas é preciso encontrar uma fórmula que garanta previsibilidade e antecedência na hora de projetar um espaço tão significativo para o setor leiteiro.