Não basta produzir leite. É preciso saber apreciar o alimento. Com essa máxima, o 7º Fórum Itinerante do Leite substituiu o tradicional chope e realizou a competição do leite em metro. Na primeira rodada da disputa, os participantes foram com muita sede ao pote, e o líquido acabou se espalhando pelo chão. Na segunda tentativa, Josué Teston acabou levando a melhor. O competidor, que trabalha na Fundação Agrícola de Teutônia, conta o segredo para vencer a competição:
— A calma. Na primeira vez foi rápido demais, daí derramou.
A prova foi um momento de descontração do evento que reuniu cerca de 600 pessoas no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa Gaúcho, em Teutônia. Assuntos como gestão, tecnologia, sanidade e rentabilidade estiveram em foco nas palestras de especialistas e em quatro oficinas.
— Não existe mais espaço para quem não é profissional — sentenciou Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat).
A preocupação com a queda nos preços pagos ao produtor também ficou evidenciada na rodada de debates.
Mas as alternativas para driblar a sazonalidade existem. Para comprovar que a proposta desenvolvida em Fagundes Varela, na Serra, onde um aplicativo tem ajudado na gestão das propriedades, deu certo, a produtora Ivânia Binda foi chamada a dar um depoimento.
— A gente não tem de pensar só em quantidade e, sim, em qualidade. E planejar. Temos de evoluir, e por que não com o uso da tecnologia?
A experiência de uso do app começou em abril e os resultados já aparecem. Na produção, a alta foi de 65%. Na receita, o valor praticamente dobrou.
O fórum é organizado por Sindilat, Ministério e Secretaria da Agricultura, Fetag, Farsul, Emater, Fundesa e Colégio Teutônia.
* A colunista viajou a convite dos Organizadores do 7º Fórum Itinerante do Leite