O clima que marcou tanto o lançamento quanto a cerimônia de abertura da 41ª Expoleite e 14ª Fenasul, em Esteio, reforçou a tese de que é preciso repensar o modelo das exposições. Desde já, é hora de organizar a próxima edição, para evitar que o cenário de incertezas se repita. Terceiro maior produtor nacional, com 4,86 bilhões de litros produzidos em 2017, o Rio Grande do Sul tem exemplos de excelência, comprovados pelos campeões.
É por essa razão que a feira precisa continuar existindo: para mostrar o que o setor tem de bom e o que é referência, a fim de estimular outros produtores de leite a seguirem o mesmo caminho. Só mesmo a qualificação é capaz de garantir a viabilidade da atividade, que vem sofrendo revezes nos últimos anos. Depois da crise que derrubou os preços e fez muitos abandonarem a produção, houve recuperação de preço (quase 10% no valor de referência nos últimos três meses) e o momento é de estabilidade.
E com cenários que criam perspectivas positivas. É o caso da variação cambial, que pode frear a entrada do produto importado e fazer a indústria pensar no mercado externo.
– Se o Brasil exportasse 5% da produção, seria suficiente para regular o mercado interno. E o Sul tem potencial para exportar – pondera Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS).
As previsões de chegada do frio também alimentam a expectativa de alta no consumo.
Voltando às feiras, em conversas de bastidores, cogitou-se a ideia de tornar os eventos itinerantes, sendo realizados a cada ano em uma região diferente. Não é nada oficial, mas uma sugestão que poderá – ou não – ser levada em consideração. Nesta sexta-feira (18), a Associação de Criadores de Gado Holandês do Estado (Gadolando) elege nova diretoria. Marcos Tang, que comandou a entidade, preside a chapa única. Tão logo o processo seja finalizado, já será hora de pensar nas próximas exposições.