Um dos pontos altos da Expointer ocorre hoje no parque Assis Brasil, em Esteio. É o desfile dos grandes campeões.
Os animais inscritos passam pelo crivo de julgamentos, que geram cerca de 140 títulos. Ser escolhido grande campeão ou reservado de grande campeão é mais do que uma honraria. É um indicativo de que o trabalho de seleção genética feito pelo criador está na direção certa.
– É um referencial para o proprietário e até para aqueles que não estão criando. Ganhar o prêmio significa que o pecuarista está fazendo um bom trabalho – observa o criador Celso Jaloto Avila Junior, vice-presidente de promoção da Associação Brasileira de Hereford e Braford.
Chefe do serviço de exposições e feiras da Secretaria da Agricultura do Estado, José Arthur Martins reforça que a premiação “é o coroamento de trabalho desenvolvido pela cabanha”.
E ganhar na Expointer tem um peso maior:
– Vencer em Esteio é diferente do que em qualquer outra feira do país. Porque as raças europeias se desenvolveram no Estado.
Além do reconhecimento, o título serve ainda como ferramenta de marketing dos criatórios.
– Ser campeão ou reservado dá muita visibilidade à cabanha e favorece a comercialização de animais, não só de elite, mas também de rústicos – diz Leonardo Lamachia, presidente de Federação das Associações Brasileiras de Criadores de Animais de Raça.
Lamachia acrescenta que há benefícios também para o consumidor final: o julgamento e o título acabam fazendo com que a carne que chega ao comprador seja de melhor qualidade.
Doutor em produção animal e professor da UFRGS, José Fernando Piva Lobato acrescenta:
– Depois do show da pista, em que os animais são extremamente preparados, é preciso analisar o desempenho dos filhos no ambiente real de produção.
Em tempo: os vencedores ganham a roseta, padronizada na década de 1950 (tem seis cores). A combinação entre vermelho, verde, amarelo e branco é a mais almejada, pois é a do grande campeão.