Porto Alegre, sozinha, tem um potencial de 500 mil a 700 mil clientes para clínicas populares. O número salta se considerado todo o Rio Grande do Sul. São pessoas sem plano de saúde, mas com uma renda - mesmo que pequena - que permitiria pagar pelos atendimentos particulares. A estimativa é do conselheiro da recém-criada Associação Nacional das Empresas de Benefícios Primário e Secundário (Anebaps), Rafael Sá, que é sócio da Salute, empresa gaúcha que integra a entidade.
— O Brasil está estacionado na faixa de 50 milhões de pessoas que têm plano de saúde há mais ou menos 15 anos. No Rio Grande do Sul, são 2,6 milhões. Todo o restante seria, em tese, nosso mercado potencial. Queremos chegar nele com mais clareza — diz Sá, explicando a iniciativa de criar a associação - A ideia é iniciar um processo de padronização de indicadores e centralização de serviços e compras.
Ao todo, cinco empresas de diferentes Estados, que trabalham com cartões de desconto e programas de benefícios em saúde, compõem a entidade. O plano, porém, é agregar outras com o tempo. Sá explica que o setor ainda é fragmentado, com empresas pequenas e muitas com atuação informal.
Troca de local
Já sobre a operação da Salute, a empresa busca novo espaço para reabrir a unidade atingida pela enchente no Centro Histórico de Porto Alegre. Ela ficava em um imóvel de dois andares na esquina da Avenida Borges de Medeiros com a Rua José Montaury. A água estragou móveis e equipamentos.
A ideia é seguir com uma operação no centro da Capital. Atualmente, há oito clínicas em operação em cinco cidades da Região Metropolitana. Também há uma negociação para abrir mais uma em Porto Alegre, além da realocação da que foi alagada. Ainda precisa assinar o contrato.
— Será um pouco diferente das demais — avisa o sócio.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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