A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) formalizou a disposição de investir e assumir a gestão de aeroportos do interior do Rio Grande do Sul, informou à coluna o secretário Nacional de Políticas para o Turismo, Milton Zuanazzi. São eles: Santo Ângelo, que já estava com a empresa pública federal, Vacaria, repassado há pouco pela prefeitura, Canela e Torres, que estão sob administração do Estado. A estimativa é de que sejam necessários R$ 50 milhões no total, mas um valor menor já seria suficiente para início de operações emergenciais com mais voos comerciais, o que o secretário crê ser possível de ocorrer ainda em agosto, conforme entrevista ao podcast Nossa Economia, de GZH.
— Em alguns casos, são necessários equipamentos apenas, como carro de bombeiros e detector de metais. Mas tudo só pode ser feito após a Infraero ser outorgada. Em Canela, o investimento é maior, pois é preciso alargar a pista. Ainda assim, seriam aeronaves de até 72 lugares. Já em Santo Ângelo, um terminal de abastecimento permitiria, por exemplo, um Boeing. Em Vacaria, um investimento de R$ 3 milhões o coloca como alternativa a Caxias do Sul — detalha Zuanazzi, que acrescenta a intenção de investir também no aeroporto de Passo Fundo, já com a Infraero.
O secretário Estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, disse que recebeu o ofício da Infraero nessa segunda-feira (23), pediu uma análise da equipe técnica e levará o assunto ao governador Eduardo Leite, assim que este retornar de Brasília.
— Mas a minha posição é por repassar a gestão de Canela e Torres a Infraero o quanto antes, se ela estiver disposta a fazer esse investimento. Vamos, claro, monitorar para que ele ocorra no curto prazo, como o prometido — enfatizou.
O ato por parte do Estado, pelo consenso, agiliza o repasse à Infraero, diz o secretário Milton Zuanazzi, do governo federal. A Secretaria de Aviação Civil (SAC) que faz esta formalização.
O esforço é para ter uma alternativa ao aeroporto de Porto Alegre, que ficará fechado até dezembro, segundo previsão da Fraport. Há a intenção de antecipar a reabertura para outubro, mas isso dependerá da análise da estrutura, que ainda não ficou pronta. O governo do Estado estima perda de R$ 3,2 bilhões no PIB gaúcho em 2024, segundo estudo divulgado pela coluna na semana passada: Fechamento do aeroporto provocará perda de até R$ 3,2 bilhões no PIB; veja detalhes do cálculo
E, aqui, relembre aqui o podcast Nossa Economia, de GZH, com o secretário Nacional de Políticas para o Turismo, Milton Zuanazzi:
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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