Apesar de ter recuperado mercado chinês e do crescimento da soja, o Rio Grande do Sul fechou 2023 com queda de 1,3% no faturamento das exportações, para US$ 22,271 bilhões. O principal item embarcado ao Exterior foi a soja, respondendo por 18% do total e com crescimento de 22,6% sobre o ano de 2022, quando a estiagem foi bem mais severa com o principal grão da safra de verão. Em segundo lugar, está o fumo, com 10% da pauta exportadora e avanço de 15,1% sobre o ano anterior.
Destinos
Passada a trava logística mundial e com a recuperação da soja, a China retomou parte do seu espaço nas vendas do Estado, apesar da desaceleração no crescimento da segunda maior economia do mundo. É o principal destino e já chegou a responder por 40% das exportações do Rio Grande do Sul. Em 2023, os chineses compraram 24,5% do que exportamos, ou seja, US$ 5,5 bilhões. Foi um avanço de 14,6% sobre o ano anterior, mas ainda longe de voltar aos US$ 7,8 bilhões de 2021.
Os outros dois países que aparecem na sequência, porém, importaram menos. Os Estados Unidos compraram 7,2% menos, garantindo uma fatia de 8,97% do faturamento. São a maior economia do mundo, mas tiveram um ano mais fraco. Armas e veículos lideraram os embarques para o mercado norte-americano.
Em terceiro, está a Argentina, que enfrenta uma crise financeira fortíssima e passou por um ano de eleições. O país vizinho comprou 13,2% menos do Estado, passando a responder por 4,95% das exportações. Veículos lideram com folga a pauta.
Uma curiosidade é o México ter assumido o quarto lugar entre os destinos, com 2,9% na exportação gaúcha. Comprando principalmente cereais e veículos, assumiu o posto da promissora Índia, que comprou menos da metade do que no ano anterior.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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