"Veio muito bom". Em geral, foi essa a reação do mercado à prévia da inflação de maio, divulgada pelo IBGE. O IPCA-15 recuou a 0,51%. Mas o melhor é ter ficado abaixo das projeções dos analistas, surpreendendo positivamente. E o melhor ainda foi ter vindo de "boa qualidade".
Andréa Angelo sócia e estrategista de inflação na Warren Rena, viu uma desaceleração espalhada entre os preços pesquisados, especialmente nos serviços intensivos em mão de obra. Os núcleos, com itens menos voláteis de preço, trouxeram recuos importantes, como bens de consumo e serviços, que tinham pressionado o indicador de abril, lembra o economista João Fernandes, da Quantitas Asset.
No acumulado de 12 meses, o IPCA recuou para 4,07%, também um patamar bom para agora. Isso e o andamento do arcabouço fiscal mais rígido no Congresso fazem aparecer mais apostas de que o Banco Central antecipará o corte da taxa de juro Selic, previsto inicialmente para o último trimestre. Seria um cenário saudável para que isso ocorresse, sem pressão por canetaço.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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