Apoio político, que era o que buscava, a comitiva que tenta destravar projeto de usina gaúcha conseguiu do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Aliás, foi a primeira vez que um titular da pasta recebeu para o assunto autoridades gaúchas e o grupo espanhol Cobra, que quer assumir as obras do complexo de energia de R$ 6 bilhões em Rio Grande. A situação se arrasta desde 2014. A usina estava com a empresa Bolognesi, mas perdeu a outorga da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por perda de prazo.
Silveira pediu um estudo para dar uma resposta em até 30 dias, com o foco no que é melhor para o consumidor, apesar de estar ciente da relevância do investimento para o Rio Grande do Sul. Há três opções. Uma delas é negar e o projeto não sair. A outra é a agência analisar o plano de transferência para o Cobra, o que não chegou a fazer, devido aos prazos. E a terceira, que seria a mais ágil, é aceitar a última proposta, que troca o modelo de contrato para reserva de energia.
A coluna conversou com dois dos integrantes da comitiva, que inclui o governador Eduardo Leite. Tanto o prefeito Fábio Branco quanto o gerente da Portos RS, Fernando Estima, relataram que a reunião saiu melhor do que o esperado e estão apostando neste prazo de um mês. É preciso achar uma saída técnica e jurídica, pois o apoio político existe. Na semana que vem, o Cobra tem nova reunião na Aneel.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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