![Refinaria de Petróleo Riograndense / Reprodução Refinaria de Petróleo Riograndense / Reprodução](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/9/0/9/1/4/3/1_f056af09bb598ba/1341909_c11548c099359bc.jpg?w=300)
A produção de químicos renováveis será a aposta de futuro da Refinaria Riograndense (ex-Ipiranga), em Rio Grande, que tem 85 anos. O anúncio está previsto para a semana que vem, quando haverá uma visita à unidade do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que tem deixado bem clara a sua intenção de fazer uma "transição energética da petroleira".
Apesar de a Refinaria Riograndense ser privada, essa mudança terá tecnologia da estatal. Os estudos para o biorrefino estão em andamento, mas a atividade ainda precisa de políticas públicas. O plano é gerar novos produtos químicos, como biodiesel e hidrogênio verde. O investimento é alto, podendo chegar a R$ 2,5 bilhões. As biorrefinarias têm ganhado espaço na discussão sobre a mudança na matriz de combustíveis, trocando os de origem fóssil para os renováveis.
Comparada à capacidade de refino da Petrobras, a da refinaria de Rio Grande é pequena. Porém, a unidade é a maior responsável pela arrecadação tributária do município, com uma fatia entre 25% a 30%. O futuro dela já causava certa preocupação, ainda mais que a Petrobras pretende, com sua nova política, praticar preços regionais, conforme o mercado local.
A empresa foi criada em 1937 como Refinaria de Petróleo Ipiranga. Deu início ao processo de refino de petróleo do país e às Empresas de Petróleo Ipiranga. Em 2007, o seu controle foi vendido. A refinaria foi comprada por Petrobras, Ultrapar e Braskem. O Grupo Ultra já teve reuniões com o governo do Estado em Porto Alegre e em São Paulo para tratar do investimento.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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