Para alívio do consumidor, chegou às prateleiras a queda no preço da carne de gado, que já vinha aparecendo no campo há alguns meses. A redução aparece tanto nas pesquisas de inflação do IBGE e do centro de estudos da UFRGS quanto na cesta básica do Dieese. Percentualmente, são reduções até pequenas. Porém, o item é caro e bastante consumido. Com isso, pesa no orçamento das famílias e, por consequência, no cálculo da inflação. Além disso, após altas intensas, iniciadas no final de 2019, só o fato de não aumentar já faria uma diferença relevante.
As quedas de preços chegam, no máximo, pouco mais de 4%, se forem consideradas as médias calculadas pelas pesquisas. A mais intensa, encontrada pela coluna nas tabelas do IBGE, foi na costela, com queda de 4,38% em março. Paleta, chuleta e carne moída também caíram. Ao observar as promoções de supermercados, é perceptível um recuo mais intenso do que a média que aparece nos indicadores.
Mas quais foram os motivos? Ainda no início da cadeia econômica, houve suspensão temporária dos embarques à China e aumento da oferta de animais, além de alguma redução de custos, como do diesel. Depois, o varejo de alimentos informou à coluna ter aumentado a disponibilidade de carne para trazer de fora do Estado. Porém, nada é mais citado do que a retração do consumo, o que é atribuído à renda mais apertada das famílias.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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