O Rio Grande do Sul tem 6,9% das cotas ativas de consórcio no país. Pelo ranking do Banco Central, ele fica em quarto lugar, atrás de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Há uma visível concentração, já que, junto com a Bahia, os cinco primeiros Estados da lista respondem por 55% dos consorciados brasileiros.
O levantamento aponta ainda que há quase R$ 2,2 bilhões de "dinheiro esquecido" em consórcios encerrados. Boa parte deste valor a receber ainda pode estar sofrendo a cobrança da taxa de permanência, pela não retirada pelo consumidor. Mas qual a origem? Podem ser créditos não usados pelo grupo, rateio do que sobrou do fundo de reserva ou saldo remanescente do fundo, como rendimentos, juros, multa, etc.
Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), dentro de 60 dias, contados da data da realização da última assembleia de contemplação do grupo, a administradora comunica a existência desses recursos a todos os consorciados. O aviso é feito por meio de carta com AR, telegrama, ou correspondência eletrônica. Além disso, elas ficam disponíveis para consulta no site da administradora. A partir da solicitação do consorciado, a administradora providencia o pagamento no prazo máximo de 30 dias corridos.
Quando o consorciado não responde ao aviso, os recursos passam a ser chamados “recursos não procurados” e ficam sob a gestão da administradora do consórcio. Ela pode ou não cobrar uma taxa mensal por isso, o que foi permitido por uma lei de 2008. O dinheiro fica em uma aplicação financeira, com rentabilidade.
Pelo serviço Sistemas Valores a Receber, do Banco Central, também foi possível consultar em 2021 o dinheiro esquecido em cotas de consórcio. A segunda rodada seria aberta em 2022, mas foi adiada pela greve dos servidores e ainda não tem nova data.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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