Indústria de alimentos conhecida pelas massas, principalmente as de pastel, a Pavioli, de Canoas, está passando por nova readequação para lidar com a crise financeira. Nas últimas semanas, a empresa chegou a reduzir a carga horária e não funcionou todos os dias. Agora, já voltou a operar normalmente.
— A empresa entende que o curto prazo não vai ser fácil, mas estamos nos estruturando para avançar. Fechando novos contratos, produzindo. Foi contratada uma consultoria profissional que está ajudando — contou à coluna Batista Serratti, da Direção Consultoria em Gestão Empresarial, que está assessorando a Pavioli no processo de reestruturação e recuperação.
De acordo com Serratti, as readequações vão de medidas de otimização de produção e de tempo para melhorar o desempenho econômico até ajustes de prazos. Além disso, o quadro de funcionários foi enxugado, com a demissão de 20% dos funcionários. Ficaram 45 trabalhadores diretos e outros 20 indiretos.
A empresa aposta em duas estratégias. Uma delas é um segundo pedido de recuperação judicial, que está em análise na Justiça e que, se deferido, daria fôlego para a retomada, diz o executivo. O outro é apostar na força da própria marca, que é bem conhecida.
— A Pavioli vai se fazer valer do nome que tem. Muita gente compra e conhece a marca, ela é muito presente. Então queremos apostar nisso.
Sobre a segunda recuperação judicial, a empresa já está com um processo em andamento desde 2013 — e aprovado em 2017 —, mas agora solicitou uma nova recuperação, relacionada às novas dívidas acumuladas entre o ano em que ajuizou o primeiro pedido e 2022. A dívida, juntando os dois processos, soma R$ 20.831.143,51. Saiba mais: Aos 54 anos, indústria gaúcha de massas pede recuperação judicial pela segunda vez
Sobre a Pavioli
A empresa começou como uma pequena pastelaria fundada por Adão e Irene Kulpa em 1957. Em meados de 1968, eles mudaram de nome e passaram a se chamar Pavioli, nome que tem origem da união das palavras pastel e ravióli. Em 1983, se mudaram para Canoas e inauguraram o parque fabril, que fica no mesmo lugar até hoje.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna