Em 2022, a cesta básica de Porto Alegre custou 66,2% do salário mínimo líquido, valor que sobra após o desconto do INSS dos R$ 1.212. É o maior comprometimento em 17 anos. Os 13 produtos pesquisados somaram R$ 747. O levantamento foi enviado à coluna pelo Dieese. O motivo, claro, é o aumento dos preços dos alimentos, sucessivamente, bem acima da inflação média.
Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos, o preço da cesta básica subiu 160,09% na capital gaúcha, segundo a pesquisa da economista-chefe do Dieese, Daniela Sandi. Foi o dobro da inflação. O INPC acumulado no período é de 80,51%. Daniela sempre ressalta que as famílias de renda menor são sempre as que mais sofrem quando a comida fica mais cara. O orçamento delas tem uma parcela maior comprometida com alimentação.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna