"Nós fazemos a melhor pizza. Você só tem que assar". Esse é o conceito da marca de pizzas O Artesão, de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Criado em 2017 pelo desejo do casal Vane Chaves e Leonardo Maia de empreender, o negócio caiu no gosto do público e, recentemente, começou um processo de expansão a partir de licenciamento. Com isso, já conta com duas lojas em Santa Catarina e planos de abrir novas operações também no Rio Grande do Sul.
— No início de 2017, fizemos uma peregrinação por países como Peru, Argentina e Uruguai para conhecer negócios pequenos, tocados por uma ou duas pessoas. Queríamos montar algo, mas não sabíamos o que. Quando falamos em pizza, começamos a pensar que tinha mercado para insumos superiores, mas com uma questão bem importante: não queríamos que fosse pizza para entregar em casa. Pizza não foi feita para viajar pela cidade depois de assada. Foi assim que focamos no produto pré-assado — comenta Vane.
A empresa produz a massa, os molhos, e, em alguns casos, até os ingredientes, como o doce de leite. A pizza é montada e passa por um processo de refrigeração, mas não é congelada, como aquelas vendidas em supermercados. A ideia é que o cliente compre e asse na semana mesmo.
— Os doces de leite, geleias, molhos, isso tudo é preparado na nossa cozinha. E toda semana o cardápio muda. Alguns sabores ficam, mas sempre adicionamos novos. A gente faz absolutamente tudo. E tudo é feito diariamente. A pessoa pode congelar a pizza em casa se quiser. Na loja, fazemos, embalamos e a mantemos resfriada. Na geladeira, pode ficar até quatro dias. No congelador, 30.
Atualmente, a pizza de bacon com queijo cheddar importado do Reino Unido e cebola caramelizada no molho shoyu é um carro-chefe. Vane também destaca uma pizza de salsa de trufas negras, que está no cardápio atualmente. A aposta é justamente em sabores diferenciados e mais raros de encontrar. Além disso, O Artesão também está focando na venda de outros itens produzidos por eles, como doce de leite e geleia. Mais recentemente, também lançaram um café próprio, que é produzido em São Paulo com grãos de Minas Gerais e vendido com a marca de Canoas.
A loja da marca funciona de terça-feira a domingo em Canoas, das 15h às 21h30min. Tem entrega, mas não por aplicativos de delivery. É preciso entrar em contato com a marca pelo WhatsApp ou nas redes sociais. Os produtos da empresa também são vendidos em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Para isso, criaram, com o início da pandemia, em 2020, uma "lojinha móvel".
— No início da pandemia, como a gente estourou, porque casualmente era um produto para as pessoas em casa, criamos a lojinha móvel. É uma Fiorino que leva as entregas para Porto Alegre e Região Metropolitana. Todo o dia, ela sai às 15h de Canoas com um roteiro de entregas pelos locais.
Hoje, além dos dois sócios, são quatro funcionários tocando o negócio em Canoas. Todas as pizzas salgadas, indiferente do sabor, tem o mesmo preço: R$ 60.
De Canoas para Santa Catarina
No final de 2019, a empresa começou as tratativas para expandir o produto para outros locais. A primeira oportunidade surgiu com um casal de Florianópolis (SC), que inaugurou, em fevereiro de 2021, a primeira loja licenciada na capital catarinense, em modelo de delivery. Mais recentemente, em abril, uma nutricionista, que era cliente do Artesão em Canoas, também abriu uma operação em Criciúma.
— Não é uma franquia, porque o que fazemos é transferência de conhecimento. Aprende tudo, tem acesso a receita, fichas técnicas, passa por treinamento, e aí segue tocando o negócio.
Para cuidar da expansão, a marca contratou uma empresa de Caxias do Sul. Segundo Vane, já há proposta para novas lojas, e estão sendo estudados locais como Porto Alegre e Novo Hamburgo. A escolha pelos novos licenciados também é feita de maneira "artesanal", brinca:
— Somos bem criteriosos. Não é só produto, é um composto de loja, atendimento, lojinha móvel, tem todo um contexto que não é só a pizza. Por isso que a expansão não é muito rápida. Queremos que cada loja que abra tenha a cara do Artesão — finaliza.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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