O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul, o Sebrae RS divulgou os dados da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise. É uma pesquisa que vem sendo mensalmente desde março de 2020, mas que nesta edição, perguntou aos pequenos negócios projeções para todo o ano. O principal resultado destacado é que 65% das pequenas empresas acreditam na melhora no ramo de atividades em 2022.
— Isso é importante porque as decisões dos agentes econômicos sempre têm um componente relacionado a sua expectativa em relação ao que irá acontecer no futuro. Quando empreendedor olha pra frente e diz que acha que 2022 será um bom ano, essa expectativa faz com que ele invista no negócio, contrate mais pessoas — explica André Vanoni de Godoy, diretor-superintendente do Sebrae RS.
Entre os empresários ouvidos, 43% pretendem expandir o negócio e 38% devem mantê-lo. São 2% os que pretendem reduzir e 4% os que vislumbram encerrar as atividades durante 2022. O levantamento também mostra que 38% das empresas pretendem buscar recursos financeiros — ou seja, financiamento. Destes, 58% tem como finalidade a obtenção de capital de giro e 37% a aquisição de máquinas e equipamentos.
— São números positivos, coerentes com a expectativa de melhora de atividade. É um numero bastante elevado de empresas que vão investir em seus negócios. São 25% que querem investir em inovação, justamente para melhorar sua performance — fala o superintendente.
Nesse caso, empreendedores poderiam falar mais de uma resposta. A coluna também destaca que 10% pretendem buscar financiamento para instalação de energia renovável. As informações foram colhidas entre 20 de dezembro e 24 de janeiro e apresentam um nível de confiança de 95%. Veja outros destaques:
- 65% das pequenas empresas creem na melhora do ramo de atividade e 53% no avanço da economia do Estado
- 80% expectativa de aumento no faturamento (desses, 58% acreditam que o aumento será de até 30%).
- Aumento de pessoal é planejado para 39% das empresas, 4 p.p. a mais em relação aos negócios que pretendem manter o atual quadro funcional (35%).
- Apenas 3% têm intenção de reduzir o número de colaboradores.
- Em 2021, 51% dos entrevistados reformularam suas atividades, sendo as quatro principais novas estratégias adotadas: a utilização de ferramentas digitais para vendas e relacionamento com os clientes (58%), adoção do trabalho remoto (32%), readequação de estrutura física (32%), e mudança de produto/serviço (22%).
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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