Subsidiária da Eletrobras e dona do complexo eólico Cerro Chato em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, a CGT Eletrosul vai investir R$ 2,1 bilhões em um novo parque de geração de energia eólica na região. A empresa assinou um contrato com a WEG, de Santa Catarina, que fornecerá 72 aerogeradores fabricados no Brasil para instalação do Parque Eólico Coxilha Negra. O contrato inclui, também, serviços de logística, montagem e comissionamento, além de operação e manutenção dos equipamentos.
O novo empreendimento da CGT Eletrosul terá capacidade instalada de 302,4 megawatts, o equivalente ao consumo de uma região com 1,7 milhão de habitantes. O projeto do parque já recebeu do Ibama a licença de instalação. O sistema de transmissão do empreendimento terá duas subestações. As obras devem começar até o final do primeiro semestre de 2022.
De acordo com a CGT, a expectativa é de que 310 empregos diretos sejam criados, além de outros 150 indiretos. O início da operação do empreendimento está previsto para ocorrer até o final do ano de 2024. A energia gerada será comercializada no mercado livre. Saiba mais sobre o ambiente livre de contratação aqui: Mais de 500 empresas gaúchas migraram para o mercado livre de energia em 2021; entenda
Em comunicado aos investidores, a WEG informou que será a responsável pelo fornecimento, operação e manutenção dos equipamentos. Também confirmou que o contrato gerará um faturamento à empresa de aproximadamente R$ 2,1 bilhões entre equipamentos e serviços. Disse, ainda, que o início das entregas dos produtos está previsto para 2023.
Atualmente, a CGT Eletrosul é proprietária exclusiva do Complexo Cerro Chato, composto por seis parques eólicos, com 69 aerogeradores em plena operação e 138 MW de potência instalada, na região de Santana do Livramento. Também possui, dentro do complexo, outros 39 aerogeradores — nem todos em funcionamento — que estão em processo de venda. Saiba mais: Eletrobras venderá sua fatia no complexo eólico com torres derrubadas por temporal no RS
O novo parque será construído ao lado das unidades já existentes, mas não integrará o complexo. Com a implantação do novo empreendimento, a CGT Eletrosul alcançará a marca de 440 MW de geração a partir da força dos ventos na região, equivalente ao consumo de uma cidade com cerca de 2,5 milhões de habitantes.
A Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil (CGT Eletrosul) é uma empresa controlada pela Eletrobras e vinculada ao Ministério de Minas e Energia, resultante do processo de reestruturação societária das subsidiárias Eletrosul e CGTEE. Atua nas áreas de geração, transmissão, comercialização de energia e, ainda, em telecomunicações. Com sede em Florianópolis (SC), a empresa possui empreendimentos nos três estados da Região Sul, além de Mato Grosso do Sul, e participa como acionista de hidrelétricas na região de divisa do Mato Grosso e Pará, e também em Rondônia.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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