Empresa de comercialização e geração de energia elétrica, o Grupo Electra, de Curitiba (PR), fechou uma parceria com a gestora de fundos de investimentos Vinci Partners para construir um parque eólico no Rio Grande do Sul. O projeto será construído em Santa Vitoria do Palmar, no sul do Estado, e receberá um investimento de R$ 700 milhões. A perspectiva é iniciar as obras em 2024.
— Estamos pensando em aproximadamente 28 a 30 aerogeradores. Escolhemos o Rio Grande do Sul pela alta qualidade do recurso eólico, presença de outros projetos na região e disponibilidade de conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) — fala Sergio Brandão, CEO da Gradiente Renováveis, empresa do Grupo Electra que fará o projeto.
A estimativa é de que a usina eólica gere 120 megawatts de energia a partir do vento. O foco é o mercado livre, onde as empresas contratam diretamente da geradora, sem passar pela distribuidora.
A entrada do Grupo Vinci no projeto se dá pela intenção, por parte da gestora, de aumentar os investimentos em ativos que contribuam para a redução dos impactos climáticos globais, aponta o sócio e diretor de infraestrutura da Vinci Partners, Jose Guilherme Souza.
Além do Rio Grande do Sul, a parceria entre as empresas compreende, também, a construção de um parque de energia solar de R$ 1,7 bilhão na Bahia. Este deve começar a operar até 2023.
Mais projetos eólicos
Também foi emitida licença prévia pela Fepam para a construção do Complexo Eólico Três Divisas, na região entre os municípios de Alegrete, Quaraí e Uruguaiana. O empreendimento ocupará área de 20.928 hectares e prevê a instalação de 180 aerogeradores com 4,5 megawatts (MW) de potência unitária, que serão implantados em 18 parques eólicos, totalizando 810 MW de potência a instalar. Serão gerados cerca de 200 empregos na implantação. A operação exigirá 40 cargos de média e alta qualificação.
Não foi informado o investimento, mas apenas uma estimativa de que a obra movimentará R$ 3,6 bilhões na economia regional, considerando serviços, como locação de equipamentos, hotelaria e alimentação, obras civis das estradas, produção e transporte dos equipamentos e estruturas do parque eólico, além de demanda por estudos e serviços técnicos. A obra será tocada pela Ybytu Empreendimentos de Energia Renovável S.A. O próximo passo é a licença de instalação, que autoriza o início da obra.
Eólica no RS
O Rio Grande do Sul é o quinto Estado do ranking brasileiro de energia eólica, considerando potência instalada, número de parques e aerogeradores. Fica atrás de Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e Piauí. Aqui, ela equivale a 20% do consumo.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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