Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães garantiu que o banco está adiando em três meses o início da cobrança dos empréstimos tomados em 2020 pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o executivo respondeu a um questionamento feito pela coluna a partir de relatos de leitores de que a informação recebida dos atendentes é de que ainda não haveria definição sobre o assunto.
A coluna vinha questionando o banco desde o início da semana, mas sem resposta. Agora, há a garantia dada pelo presidente da CEF ao vivo na Rádio Gaúcha. E, inclusive, Pedro Guimarães solicitou que os contatos dos leitores com problema fossem encaminhados para a assessoria da instituição para resolver a situação. Portanto, quem ainda estiver com dificuldades pode enviar as informações para giane.guerra@rdgaucha.com.br ou bruno.pancot@rdgaucha.com.br.
Micro e pequenos empreendedores de outros bancos também já relatam à coluna dificuldades de adiar o início do pagamento do Pronampe, mas a Caixa Federal é a instituição mais citada. A medida foi anunciada no início de março pelo governo federal, permitindo que os bancos estendessem de 8 para 11 meses o prazo de carência para início da cobrança.
Para GZH, o Ministério da Economia informou que, ainda no dia do anúncio da prorrogação, foi encaminhada uma mensagem pelo Banco do Brasil aos bancos que operaram o Pronampe. A instituição é a administradora do Fundo de Garantia de Operações – FGO.
Entre junho e novembro de 2020, o Pronampe beneficiou 441,2 mil empresas com empréstimos de R$ 32,8 bilhões. No Rio Grande do Sul, foram 28,9 mil acordos, alcançando R$ 1,8 bilhão. O programa estabelece uma operação de crédito com prazo total de 36 meses sendo até 11 de carência, pela nova regra.
Ainda na entrevista, o presidente da Caixa Federal reforçou a atuação do banco nas políticas públicas, dizendo que participará também da nova edição do Pronampe. Ela deve contar com R$ 16 bilhões em garantias para os empréstimos, perto dos R$ 18 bilhões de 2020. Só que é mais uma das medidas travadas enquanto não se resolve o imbróglio do Orçamento aprovado no Congresso. Saiba mais: Nó do Orçamento trava 13º de aposentados do INSS, novo Pronampe e flexibilizações trabalhistas
Lembrando que o próximo Pronampe terá taxas de juros mais elevadas: Selic mais até 6%, ante Selic mais 1,25% de 2020. Isso é reflexo da menor cobertura das perdas dos bancos com inadimplência. Ela deverá ficar em 30%, ante 85% no ano passado.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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