Com as altas temperaturas e a temporada de férias, se agravou um problema que já dava seus sinais desde a metade do ano passado: a falta de algumas marcas de bebidas nos supermercados e restaurantes. Em especial, no Litoral. A coluna recebeu relatos, essencialmente, sobre a Heineken, cerveja bastante consumida pelos gaúchos.
A pedido da coluna, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) consultou empresas associadas. As sondagens apontaram falta ou, no mínimo, dificuldade para fazer encomendas das indústrias de bebidas. Alguns se anteciparam com pedidos maiores e conseguem manter, agora, a oferta aos consumidores.
Considerando que a dificuldade de encontrar Heineken predominou nos relatos - e provavelmente, na preocupação - dos leitores, a coluna procurou a empresa. Ela reafirmou a falta de insumos para embalagens de alumínio e vidro, ou seja, latinhas e garrafas. Esse alerta, inclusive, foi dado ainda na metade de 2020, quando a coluna noticiou: Sobrou até para o preço da cerveja
A Heineken é uma famosa marca holandesa de cerveja. Aqui no Rio Grande do Sul, ela tem fábrica em Igrejinha. Ainda sobre a oferta de produtos, a empresa reforçou que a temporada de alta demanda chegou com os estoques baixos da empresa. A fabricante acrescenta que os fornecedores estão trabalhando para normalizar a produção, enquanto a marca ajusta o atendimento aos clientes.
O problema não afeta apenas a Heineken, nem só marcas de cerveja e, muito menos, apenas o setor de bebidas. Confira coluna sobre o assunto publicada em outubro do ano passado: Com piora na falta de alumínio e vidro, alerta vermelho é aceso para venda de cerveja e espumante
Veja a nota na íntegra:
“Durante o período de pico da pandemia de covid-19, diversas indústrias pararam por até 45 dias e tiveram suas produções afetadas. Algumas delas são as fornecedoras de insumos para a produção de embalagens de alumínio e vidro de todo o setor de bebidas no Brasil.
Após a reabertura do mercado, a retomada do consumo se deu de forma mais acelerada que as expectativas, também em virtude do estímulo governamental com o pagamento do auxílio emergencial, que ajudou a manter o poder de compra do consumidor. Além disso, com o aumento das temperaturas em algumas regiões do Brasil antes do verão, e a volta dos consumidores aos bares e restaurantes, a demanda cresceu substancialmente.
Com todo esse cenário, chegamos à alta temporada com estoques mais baixos do que os anos anteriores, o que contribui para falta de determinados produtos em algumas regiões do país. A situação impacta a cadeia como um todo, desde os fornecedores de insumos, passando pelos fabricantes de bebidas, revendas e distribuidores, até o varejo, bares e restaurantes e, consequentemente, os consumidores finais.
Os fornecedores estão se adaptando rapidamente e retomando seus fluxos normais de produção. O Grupo HEINEKEN está ajustando seus planos de atendimento ao mercado da melhor maneira possível. A Companhia reafirma o seu compromisso com seus clientes e consumidores e está constantemente trabalhando para atendê-los com a mesma qualidade de sempre”.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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