Enquanto a economia brasileira apresenta indicadores negativos, os recortes do Rio Grande do Sul apontam crescimento na pesquisa do Banco Central. A autoridade monetária calcula o Índice de Atividade Econômica Regional - Rio Grande do Sul (IBCRRS), que cresceu 0,5% no primeiro trimestre de 2019, na comparação com os últimos três meses de 2018. Na mesma base, o indicador brasileiro (IBC-Br) teve queda de 0,68%.
Outra comparação do Banco Central é março sobre fevereiro, com ajuste sazonal. A economia gaúcha cresceu 0,4%, enquanto a média nacional trouxe recuo de 0,28%. E, para finalizar, o acumulado de 12 meses é ainda mais chamativo. A economia do Rio Grande do Sul cresce 3,5%, contra a uma média brasileira de apenas 1,1% de avanço.
A indústria do Rio Grande do Sul mostra há um bom tempo desempenho melhor. Aqui, o setor automotivo tem sido destaque com a produção de caminhões e carrocerias. Enquanto isso, a média nacional sofre com o mau desempenho do parque industrial de São Paulo. Economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank chama a atenção para mais um destaque positivo da economia gaúcha:
— Produtos de metal são outro destaque positivo, em função das construções pré-fabricadas. Em especial, para energia solar e eólica. Observa-se, inclusive, que é um crescimento bem concentrado.
No caso do comércio, o desempenho gaúcho também é melhor, mesmo que ainda fraco. Foi puxado no primeiro trimestre pela venda de combustíveis, o que ocorreu antes da alta forte de preços da gasolina.
Já os serviços têm se saído pior no Rio Grande do Sul. O setor, inclusive, atingiu em março o pior desempenho da série histórica do IBGE, que iniciou a pesquisa em 2011.
— Transportes estão caindo forte aqui. Como estamos distantes dos grandes centros, o tabelamento do frete acaba tendo um impacto mais significativo do que nos demais Estados — analisa Frank.