Cerveja e kombucha em um mesmo pub e ainda servidas em torneiras. A combinação é oferecida pelo Fat Bull Tap House, pub inaugurado em dezembro na cidade de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. O negócio foi antecipado pelo programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha).
Entre as bebidas oferecidas nas torneiras, a kombucha chama a atenção. Também é chamada de "refrigerante saudável", pela semelhança com a bebida. A kombucha é um probiótico que passa por um processo de fermentação. Usa o scoby, um disco gelatinoso com colônias de bactérias e leveduras. Ao longo do processo, os microrganismos vão se alimentando do açúcar, ficando com baixo teor de carboidrato e cheio de nutrientes.
— A ideia do Tap House é associada à sustentabilidade. O nome, traduzido de forma literal, seria casa das torneiras. Estamos fazendo produções específicas para o empreendimento nas quais não usamos garrafas, tampas, rótulos. Estamos pulando esse estágio: a bebida sai direto dos barris para o bar — detalha o sócio Tiago Bird, que toca o negócio com outros dois sócios.
Há dois anos no mercado, a fabricante de cervejas artesanais Fat Bull resolveu fincar pé e abrir uma casa própria, com endereço fixo.
— Foi uma cobrança do nosso público. Mesmo que estamos em diversos lugares e parceiros, éramos provocados em ter um ponto fixo. Além disso, nós mesmos identificamos a necessidade de mais lugares para beber cerveja em Novo Hamburgo — conta.
São 20 torneiras, com toda a linha da Fat Bull e cervejas de parceiros. Entre elas, está a cerveja de pitaia, que foi lançada ainda em 2018 e a coluna contou aqui. Também oferecem drinks, vinhos, espumantes e, claro, a kombucha.
— Eu não achava fornecedor para a kombucha e minha mãe fez um curso com um produtor orgânico de Porto Alegre. Entrei em contato com ele, que topou o desafio de envazar em barril. A galera está curtindo bastante. Já abrimos uma kombucha de mirtilo e, agora, estamos com a de gengibre — relata.
Preocupados em valorizar o desenvolvimento local, a Fat Bull buscou dentro da cidade a maioria dos fornecedores. 60% dos insumos são de produtores de Novo Hamburgo e região. Desde o pão de malte, até verduras e legumes da Horta Comunitária da cidade fazem parte do cardápio da casa.
— Não queremos excluir público algum. Não queremos ser aquele lugar que alguém pensa que não tem opção. Temos opções naturais, vegetarianas. Mesmo não sendo vegetarianos, respeitamos muito a causa — garante.
A ideia do Tap House é ser um lugar para as pessoas apreveitarem o final de tarde e a noite, mas chegar ainda cedo em casa. Abre às 17h e fecha meia-noite, sendo que a cozinha só aceita pedidos até 22h30.
— Temos que acreditar nos nossos sonhos. Começamos com uma marca sem pretensão, sem dinheiro. Há dois anos, a criamos, distribuímos para os amigos, os amigos para outros amigos. E, agora, conseguimos abrir o Tap House já com uma marca bem consolidada na região — destaca.
Mais detalhes, ouça no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha:
Ouça entrevista de Dani Jeffman ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, em setembro de 2018. Antecipou o lançamento da cerveja de pitaia e a abertura do pub:
