Onze cervejas foram avaliadas pela ProTeste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Foram consideradas as bebidas do tipo Pilsen.
Bohemia e Heineken tiveram as maiores notas, mas todas tiveram pontuação acima de 70. A Proibida teve cinco estrelas em todas as categorias, mas na soma dos pontos de todas as avaliações ficou em quinto lugar.
As marcas que entraram no teste são: Antarctica, Bavaria, Bohemia, Brahma, Budweiser, Heineken, Itaipava, Proibida, Schin, Skol e Stella Artois. Entre os critérios, estão rotulagem, teor alcoólico, extrato primitivo, acidez ideal (pH), características organolépticas (cor e volume de ar), sódio, preços e disponibilidade de venda.
Rotulagem - Se os rótulos das cervejas trazem todas as informações importantes para o consumidor. As onze marcas se saíram bem em relação às informações obrigatórias. No entanto, sobre os itens não obrigatórios, apenas a Budweiser trazia a data de fabricação da cerveja, enquanto que somente Bavaria e Heineken tinham a informação nutricional.
Teor alcoólico - Varia entre 1,5% a 5%. A ProTeste quantificou o teor de álcool contido nas cervejas e comparou com o indicado nos rótulos. Todas as marcas avaliadas tiveram resultados satisfatórios.
Extrato primitivo - Quantidade de substâncias, com exceção da água, que deu origem à cerveja e que se expressa em porcentagem (%) em peso. Deve variar entre 10,5% a 12,5% do peso líquido, diz a associação. Todas as marcas avaliadas apresentaram quantidades dentro da faixa recomendada.
Acidez ideal (pH) - Influencia no sabor das cervejas. Se for elevada, pode gerar aroma e sabor desagradáveis. Se baixa, pode indicar contaminação. A ProTeste não identificou problemas.
Coloração - A cor da cerveja é consequência direta do tipo de malte, reforça a entidade. Para a cerveja Pilsen (clara), a legislação brasileira define menos de 20 unidades EBC (European Brewing Convention). Todas as marcas estavam dentro do parâmetro.
Volume de ar na lata - Influencia na estabilidade do sabor e do aroma da cerveja. Quanto maior o teor de oxigênio na lata ou na garrafa, maior será a tendência de oxidação, diz a ProTeste. Todas as marcas avaliadas apresentaram resultados extremamente satisfatórios.
Sódio - Tem que ser consumido com moderação, mas o sódio em índices muito baixos na cerveja pode apontar o uso de água desmineralizada. Isso não é bom, segundo a ProTeste. As amostras se saíram bem também neste crédito. A associação, no entanto, comparou os valores com o recomendado pela Organização Mundial da Saúde sobre o consumo diário de sódio:
"A partir daí, consideramos que 120mg (5% do valor diário recomendado) deveria ser o máximo de sódio presente em uma unidade (lata) e verificamos que todas as cervejas analisadas cumpriram esse critério, obtendo resultados satisfatórios." - complementa o estudo.
Preços e disponibilidade - Os preços foram coletados em janeiro de 2018 em várias capitais, incluindo Porto Alegre. Bavaria e Nova Schin tiveram o menor preço em quase todas as regiões pesquisadas, com exceção do Rio Grande do Sul. Já Heineken e Stella Artois tiveram os maiores preços em todas as regiões pesquisadas.
"Com relação à disponibilidade, os produtos estiveram presentes em 95% das regiões pesquisadas. O destaque ficou por conta da Itaipava, que esteve presente em todas as regiões pesquisadas com preços razoáveis." - avaliou a ProTeste.
Abaixo, os principais quadros comparativos das cervejas. Incluem notas para os critérios e preços médios encontrados na pesquisa: